domingo, 25 de outubro de 2015

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Os passos da Vida


E nem deu errado. O ENEM deu certo!

43º CrisJovem - PJ Salvador

Mulher Negra, Homem Negro.

A Paz esteja conosco!

A casa do futuro já chegou

Somos Igreja Jovem em Saída 

Soneto da Paixão

Educadores Sociais

Final Feliz

Conflito em sala de aula

Pastoral é de processo

Amigo PJoteiro, amiga PJoteira

Soneto da inspiração

Agressões: qual a postura do(a) professor(a)?

A PJ te representa?

43º CrisJovem - PJ Salvador


O CrisJovem tem uma magia diferente de tudo o que vivemos em outros grandes eventos da igreja, porque o CrisJovem, além de ser o primeiro contato de muitos jovens com a espiritualidade Libertadora, com a identidade da Pastoral da Juventude, com o jeito de ser e fazer dessa pastoral, que também é o ser e fazer de tantas outras Pastorais fundamentais da igreja, assim como das Comunidades Eclesiais de Base, o CrisJovem também é a porta para os(as) jovens lideranças, pois são peças fundamentais na construção e realização desse evento, fazem parte das equipes que coordenam tudo.

Lembro do meu primeiro CrisJovem como participante e a figura de Bruno, que foi tão acolhedor com o grupo de jovens que eu fazia parte. Um ano depois, eu já estava trabalhando na construção. Para quem participou foi tudo lindo, mas para quem trabalhou, desde julho, para quem teve reuniões na sede da PJ, nos shoppings, nas recoors, etc., para quem trabalhou, no sábado, das 9h da manhã às 22:40, para deixar tudo pronto para o dia seguinte, para quem chegou no colégio 6:30 da manhã domingo e fez a mística inicial, coordenou a missa, o horário da conversa afiada, quem trabalhou durante as oficinas, quem já estava trabalhando enquanto os outros almoçavam, quem esteve no bazar, no stand, no acolhimento, no caixa, na lanchonete, tirando fotos, e ainda teve ânimo, fôlego para varrer a quadra, carregar cadeira, lavar banheiros, até 20h, é tudo muito, muito mais lindo, porque nós nos sentimos parte disso tudo.

O CrisJovem o ápice da construção de todo o ano da PJ Salvador, porque é o momento de falar de tudo o que viemos refletindo durante o ano. Por isso é muito importante que as lideranças participem durante todo o ano das nossas reuniões. É o momento de falar à juventude que nós não somos o futuro, mas sim que somos o presente! E o CrisJovem nunca foi só oba, oba. A PJ tem a ousadia, a coragem de fazer formação, de fazer oficinas, num encontro com 400 pessoas. E olha que o CrisJovem já teve 5 mil pessoas e mesmo assim haviam oficinas, havia formação. PJ é isso: para além de falar do Reino, nós buscamos vivê-lo e o apresentamos aos jovens dos grupos de base.

A você que participou e se encantou, não deixe de buscar mais informações sobre a PJ. Temos um blog (clique aqui) mas vocês também podem perguntar à coordenação, convidar para as reuniões do seu grupo, tirar suas dúvidas. Só existe coordenação da PJ porque existem grupos de jovens. Muito obrigado por fazer parte desse dia.

A você que fez parte de alguma equipe da construção, esse é só mais um passo na sua colaboração com a PJ, que se estende não só por todo o Brasil, mas por vários países da América Latina. Só no Brasil, somos 10 mil grupos de jovens mapeados. Muito obrigado a cada um de vocês que fizeram esse dia ser tão lindo, mesmo tendo que renunciar a tantas coisas para fazer esse evento acontecer.

À coordenação da PJ Salvador, muito obrigado a cada um(a) de vocês, por sonharem e realizarem esse sonho tão lindo, mais uma vez.

2018 vem aí, e junto com ele, os 50 anos da PJ Salvador. Preparemos o coração, sem deixar de caminharmos juntos e juntas.

PJ, EU ACREDITO. S2

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E nem deu errado. O ENEM deu certo!


43º CrisJovem - PJ Salvador

Mulher Negra, Homem Negro.

A Paz esteja conosco!

A casa do futuro já chegou

Somos Igreja Jovem em Saída 

Soneto da Paixão

Educadores Sociais

Final Feliz

Conflito em sala de aula

Pastoral é de processo

Amigo PJoteiro, amiga PJoteira

Soneto da inspiração

Agressões: qual a postura do(a) professor(a)?

Redação do ENEM 2014

A PJ te representa?

E nem deu errado. O ENEM deu certo!



Um grande professor mostrou-me que a educação pública, estadual e municipal, é muito melhor do que pensamos. Claro, como alguém que está inserido nesse sistema, é inegável que eu concorde que está muito, mas muito longe de ser a ideal. Porém, como eu disse, é muito melhor do que saímos dizendo por aí.

O primeiro grande motivo é que na escola pública estão as pessoas que são atingidas diretamente pela ação, ou negligência, do Estado. São os estudantes da escola pública que podem observar de perto a verdadeira face das grandes cidades, ou das comunidades rurais, e, se são convidados a olharem com outros olhos para si mesmos, seja por outras pessoas ou pela própria consciência, começam um movimento de mudança da realidade.

Outro grande motivo é que os professores e as professoras da escola pública são muito competentes e têm a possibilidade de despertar a consciência crítica nos seus alunos. Se o professor, ou a professora, conversar sobre a redução da maioridade penal numa escola particular, corre o risco de receber o pai policial de algum aluno perguntando-lhe por que ele(a) apoia bandidos. Se o(a) professor(a) de matemática resolver conversar sobre os movimentos sociais e a repressão policial comandada pelo Estado, a mãe juíza de algum aluno irá à escola questionar por que o(a) professor(a) está ensinando seu/sua filho(a) a ser "black bloc vagabundo(a)". Se eu resolver parar a aula para contar uma história de superação, minha, ou de outra pessoa, os alunos da escola particular irão perguntar por que não estou falando do assunto da minha disciplina, por que estou gastando o dinheiro dos pais deles com besteira. Se eu colocar uma frase de MV Bill no quadro de uma escola particular, poderei receber um convite de reunião com a direção. Mas faço isso tudo na escola pública e tenho certeza de que meus alunos saem das aulas, no mínimo, questionando-se por que aquelas palavras, por que aquelas histórias. 

A professora, o professor, da escola pública é vista(o) como alguém que traz conhecimento além da sua disciplina. O professor, a professora, da escola particular é vista(o) como empregada(o), que deve seguir os passos engessados escolhidos no início do ano.

Quando um(a) estudante da escola pública coloca-se a favor da redução da maioridade penal, eu sei que sua posição foi pensada por outros, para que ele(a) pense e aja contra si mesmo e contra os que o(a) rodeiam. Quando um(a) estudante da escola particular coloca-se a favor da redução, eu sei que ele(a) está defendendo seus interesses, interesses de sua família, de seu círculo social. Não posso acreditar que são posições equivalentes. Por isso, os estudantes da escola particular nem escutam o(a) professor(a), sobre ser contra à redução, enquanto os estudantes da escola pública saem da aula pensando no assunto. 

Outro motivo é que a mobilização social dos(as) estudantes da escola pública é muito maior do que a dos(as) estudantes das particulares. Não fossem os(as) estudantes das escolas públicas, as passagens de ônibus estariam muito maiores hoje em nosso país, nem haveria passe livre em algumas cidades. Não fossem os(as) estudantes das escolas públicas, não haveriam muitos debates complexos nas esquinas, nas ruas das periferias. Eles e elas sabem problematizar e solucionar a realidade. As questões políticas tratadas pelos(as) estudantes da escola pública são diferentes das tratadas pelos(as) estudantes da escola particular. Por isso, as posições ideológicas daqueles(as) não podem compactuar com as destes(as). O debate político acontece, sim, na escola pública. 

A construção de uma sociedade mais justa, ética e moralmente aceitável perpassa pela movimentação política (partidária, ou não) dos(as) seus(uas) cidadãos e cidadãs, sendo que a base, que é formada pelas massas populacionais, é o local da ação dessa movimentação. Dessa forma, as lutas das periferias, dos(as) marginalizados(as), dos(as) ribeirinhos(as), dos(as) camponeses(as), dos(as) indígenas(as) constituem a pedra angular dessas transformações.

Falar de mudança de paradigma numa proposta de sociedade que descarta as pessoas quando deixam de oferecer o que o capital acha aceitável, é ser ousado(a) o bastante para acreditar na revolução popular como saída da crise existencial dessa proposta. E essa crise se reflete nas perseguições planejadas contra o povo. O machismo, o sexismo, a homofobia, o patriarcado, a violência contra a mulher, contra crianças e adolescentes, etc., são consequências diretas do pensamento de que pessoas são descartáveis.

A escola pública acrescenta aos(às) seus(uas) alunos(as) o debate a partir da realidade e a autonomia dos seus professores torna o caminho ao reconhecimento de suas capacidades e de seu protagonismo, possível. Por isso, o debate sobre as formas e as ferramentas necessárias para mudar a realidade, é tão importante desde o ensino básico.

Ao encontrar todos esses assuntos na prova do ENEM, os(as) estudantes da escola pública percebem-se parte da construção social baseada em ideais revolucionários. A prova convida os(as) candidatos(as) a refletirem sobre as questões de gênero, sobre a ditadura, sobre as ideias de coletivo de Paulo Freire, etc. Essa é uma resposta, um posicionamento, do MEC em favor da consciência crítica desenvolvida nas escolas públicas, em favor de que esses sejam os ideais dos estudantes que ingressem numa universidade pública. Afinal, esse é o local de direito dos estudantes da escola pública.

Assim, ocupar os espaços públicos, que são nossos por direito, desde a universidade pública às salas de aula das escolas públicas como professores e professoras, conscientes do nosso papel social, da construção daquilo que chamo de Civilização do Amor.

E aos defensores das políticas de ódio, das leis de Talião, dos descartes populacionais, é importante lembrar que o choro é livre e vocês não passarão.