quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O que deveríamos saber:




Eles não desejam que saibamos quem realmente são. Controlam tudo o que assistimos, ouvimos e acessamos. Eles detestam os favelados que cresceram na vida, detestam aqueles que, um dia, não tinham um pão na mesa e hoje têm “uma vida digna de patrão”. “Não investem na educação para explorar a ignorância e gastam milhões de dólares para realizar suas extravagâncias.” – Alvo, Quinto Andar.

Enquanto a educação básica for tratada como uma pedra no sapato das elites e não como a solução, continuaremos sendo uma nação medíocre, que só dá valor para o futebol, que prefere o carnaval à Orquestra Sinfônica, a nação que mais desperdiça alimentos no mundo. Continuaremos matando mais por bala perdida que o Iraque. Enquanto forem necessárias quatro séries do ensino fundamental para ensinar uma criança a ler, escrever e fazer contas básicas, não percebendo que estamos diminuindo quatro anos de aprendizado daquela pessoa, eu continuarei escrevendo textos de revolta e indignação, continuarei tentando fazer as elites mudarem e você continuará lendo meus textos, observando alguma coisa (espero), mas continuará a sentar-se num trono de um apartamento com a boca escancarada, cheia de dentes esperando a morte chegar e rindo dos que são menos favorecidos que você, pois somos assim até que precisemos daqueles que rimos um dia.

Mas, por que será que você não tem coragem de mudar essa “porra” desse Brasil? Por que será que as elites têm “medinho” de divulgarem os políticos que são a favor da educação? Por que será que é tão difícil votar em um político que realmente quer mudar a história catastrófica desse país? Por que será que mandato após mandato a educação nunca tem vez?

É uma revolta atrás da outra.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quem está no controle agora?

Aparecer na TV; seja por 10 segundos, ou 10 minutos, na "página" de heroísmo, ou policial, torna-te uma pessoa "famosa", comentada por amigos, perguntada e "parabenizada" por quem você nem sabia que te conhecia.

A tradição e a cultura da globalização nos faz considerarmos o que deveria estar a nosso favor como algo superior a nós. Os políticos, os jornalistas, juízes, médicos são tratados como seres super inteligentes e distantes da realidade da classe baixa brasileira. Claro que cada um tem sua importância para o país, porém qualquer um é capaz de pensar e fazer coisas extraordinárias.

Na escola aprendemos que um político é ultra importante, mas temos que descobrir, por experiência própria, que eles estão a favor do "povão" e que eles é que são nossos subordinados. Sim! Os políticos sabem que quem os mantém no poder é o eleitor; porém, jamais um deles reconheceu publicamente sua "inferioridade". Assim como na política, tudo (e todos) que passa(m) na TV é(são) considerado(s) o(s) melhor(es) em algo.

Não há, em nossa cultura, a consciência de que um jornalista e um jornal expressam opiniões próprias e quase nada do que eles falam é 100% verdade, até porque temos jornais que se fazem de notícias de última hora, que foram relatadas por apenas uma pessoa. Não há o consenso nem o "bom senso" para perceber que tudo é feito para o povo, mas com a intenção de que nós não saibamos disso: tudo é acordado e maquiado pelas elites (entenda-se por elites tudo que faz mais para si do que para quem merece, considerando que esse "tudo" tenha condições de fazer algo para outros) de forma que nos sentimos abaixo da linha do mínimo conhecimento necessário para viver bem. 

O brasileiro não conhece seus deveres e muito menos seus direitos, infelizmente por questões ainda culturais, por isso ainda não crescemos o suficiente como nação, mas apenas como economia. O 8º homem mais rico do mundo é brasileiro e por aqui não se tem o sentimento de patriotismo; salvo, claro, na Copa do Mundo de Futebol: aí todo mundo é brasileiro. 

Na hora de construir um hospital, uma escola, ou um centro de lazer e doar pro governo cuidar, ninguém é brasileiro. Temos a péssima mania de copiar dos Estados Unidos, ou da Europa coisas ruins para nós mesmos, como achar que tudo que é de fabricação nacional é ruim, que o que um brasileiro faz sempre é inferior ao que um europeu faz... E assim vamos destruindo a nós mesmos, pois qualquer dia desses não teremos mais motivos, nem fatos totalmente brasileiros que gerem uma história.

Então, por que ficar dando "ibope" pra quem não merece?