segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

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Natal do Senhor (25/12/2013)


Compartilho com vocês a reflexão sobre a Liturgia do Natal, feita pelo Secretário Nacional da Pastoral da Juventude, Thiesco Crisóstomo

Estava ontem na Celebração da Natividade de Jesus, em uma comunidade… O evangelho daquela noite me fez refletir muito… O que Deus tem para nós? O que Ele exige de nós?
Peguei-me a pensar como teria sido aquela noite, quando José corria com Maria, buscando um local para passar a noite… Em algum momento, sem dúvida, ele se desesperou, pois as dores da mulher deveriam estar fortes demais. Mas não havia lugar para eles (Lc 2, 7).
Jesus nasceu num lugar inóspito, num curral, dentro de um cocho onde comiam os animais… Essa imagem veio a minha cabeça, hoje, de maneira diferente…
Depois de três anos de vivencia na secretaria nacional da Pastoral da Juventude, refleti este Natal a partir daquilo que nós, jovens pjoteiros/as, temos vivido ao longo de tantos natais… ao longo de tantos anos de serviço, de vida doada em favor do Reino. Nós também hoje, em muitos lugares, nos encontramos distantes, sem lugar, negados a entrar na casa para descansar, comer, partilhar a vida. Muitas vezes o que nos resta é a subversão dos currais (praças, calçadas…). Nós, como eles, não desistimos por não termos as portas abertas, pois sabemos que nosso proposito é outro. Está acima das estruturas e dos “donos” das estalagens. Nosso propósito, no seguimento a Ele, que se fez pequeno e miserável, é o Reino!
Por isso me perguntei: O que Deus quer de nós? O que Ele, na simplicidade da vida humana, nos oferece com a vinda de seu filho, de modo muito especial, encarnado em uma família pobre de uma vila miserável da Galileia?
Não tenho dúvidas de que Jesus veio para fazer uma revolução no modo de ser e de viver das pessoas. E foi pelo amor que o fez! Mesmo com seus amigos, com muitos de seus seguidores, esperando que ele pegasse em armas, foi pelo amor que ele mudou o mundo. Continua ainda mudando. Sua mensagem atravessa séculos! Aqueles e aquelas que conseguem fazer uma verdadeira leitura de seus ensinamentos encontrarão sem dúvida o verdadeiro sentido da palavra “revolução”.
Mas acima do amor… o que eu tenho rezado de ontem pra hoje e levarei pra vida é algo que parece tão simples… e tão bobo, que muitas vezes nem nos atrevemos a pensar, no risco de parecermos também nós bobos, com tanta simplicidade… Simplicidade que o próprio Deus quis, ao revelar sua maravilha apenas aos pequenos e excluídos… (Mt 11, 25)
O que Ele quer de nós é a mesma coisa que Ele nos oferece. Foi assim com Madalena, com os doentes, com as crianças… O que eu creio que Deus quer de nós? O que faltou para ele na noite em que nasceu? ACOLHIDA! É isso que ele quer de nós… Que nos cuidemos e nos acolhamos, pois foi isso que ele mais precisou na primeira hora… e não encontrou. Que ele encontre em nossos corações a acolhida para que também nós possamos encontrar acolhida em seu Reino.
Que em nossas vidas, sejamos mais acolhida que portas fechadas, pois não tenhamos medo, Ele está conosco (Lc 2, 10)!

sábado, 28 de dezembro de 2013

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Domingo, 29/12/2013 - Sagrada Família

Liturgia do Dia


Reflexão:
Nas leituras deste domingo, temos a mensagem para a família. A primeira leitura vem nos falar de como devemos tratar nossos pais. Lembra o mandamento "honra teu pai e tua mãe" e nos pede que sejamos compreensivos e que cuidemos de nossos pais, principalmente na velhice. Quem respeita seu pai será ouvido em suas orações e quem obedece à sua mãe ajunta tesouros. Infelizmente, desde muito tempo, há notícias de tragédias em famílias causadas pela falta de obediência aos pais. É um erro pensar que esse comportamento vem de agora, como muitos falam "na minha época não era assim", para culpar a atual geração. Precisamos é pensar num futuro com mais ações cristãs e menos apontar de dedos, pois julgar é o que não temos o direito de fazer.
A Segunda leitura, de São Paulo aos Colossenses, retrata o amor que devemos ter para com os outros. Afinal, o povo de Deus forma uma grande família, no mundo todo. E é claro, esse amor não pode ficar somente entre nós. Mas deve ser emanado entre todos os povos, sendo nossa obrigação propagá-lo. Ele lembra ao povo que receberá sua carta, que os maridos e as esposas devem tratar-se bem, ajudando-se sempre. E fala também, no último versículo que os pais não devem intimidar seus filhos. Vemos muito, hoje, a cultura do medo sendo a fonte da educação que os pais dão aos filhos. "Se você não fizer isso, ou aquilo, o bicho papão vai te pegar". Ou então "Se você apanhar na rua, vai apanhar quando chegar em casa". São Paulo alerta para que o diálogo, antes de tudo, seja a educação dos pais aos filhos, sem perder a autoridade, mas sem autoritarismo.
O Evangelho fala da Sagrada Família Jesus-Maria-José. É preciso estar atento aos sinais de Deus. José recebeu os avisos do Anjo em sonhos e pôde livrar sua família da perseguição de Herodes. Às vezes, recebemos sinais, mas ignoramos, como se tudo o que acontece já estava escrito. Destino não existe e Deus pode nos tocar para que estejamos vigilantes, para evitarmos que algum mal nos aconteça. Se tudo o que acontece já estava marcado para acontecer, não faria sentido Deus nos prometer mais tempo de vida, por honrarmos nossos pais. Se tudo já estivesse marcado para acontecer, não existiria livre arbítrio, pois não teríamos escolha sobre o futuro. Mas o Evangelho nos mostra que José seguiu os sinais e garantiu a vida de sua família. 
Que sejamos vigilantes quanto aos sinais, quanto ao amor ao próximo e quanto ao zelo por nossa família, nossos pais. É isso que a liturgia deste domingo nos pede.

Sagrada Família