O que acham? É racismo, machismo, os dois, ou nenhum dos dois? Deem suas opiniões. Aí vai a minha:
Eu vejo que há duas vertentes a
se analisar. E as duas vêm de o que a agência quis passar, ao fazer tal
afirmação. Sabemos o quanto o mercado das propagandas é competitivo, eu acho
até possível que a intensão tenha sido boa, e não perceberam a besteira que
estavam falando nas entrelinhas.
O que se insinua é mais forte do
que o que se diz. O que fica na mente do povo é a primeira interpretação que
temos ao ver uma propaganda. Se é pelo corpo que se conhece a verdadeira negra,
nada mais importa numa negra, além do corpo. Uma mente em formação que lê essa
frase tem a interpretação de que deve-se ver uma negra nua, antes de qualquer
coisa.
A outra interpretação e a que acredito que tenha sido a intenção, vem depois de pensarmos no que isso pode significar. Se a frase fosse: "É pela cor que se reconhece um verdadeiro europeu", todos os que se julgam brancos iriam querer ser da cor de um europeu, para se dizerem verdadeiros europeus, o que é visto como algo bom. O que nos leva a pensar que a propaganda quis insinuar que o corpo da "verdadeira mulher negra" é o mais bonito que existe. Que só o corpo de uma negra merece todo o glamour de ser maravilhoso. Mas isso não vem de imediato nas nossas mentes, por isso eu considero a propaganda machista e racista sim!
Além de tudo isso, podemos, ainda, pensar que a propaganda queria referir-se ao corpo da garrafa; caso ela fosse diferente das garrafas "normais" de cerveja.
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